sábado, 20 de outubro de 2012

A história de uma vida - Parte 2 . Continuação


  - Você que deixou ela mimada, dona da própria vida. Enquanto ela morar em baixo do mesmo teto que eu ela não terá poder, eu que mando nela e ela vai sim ao curso. - A raiva estava tomando conta de mim, soltei minha mãe e disse aos gritos.
  - Eu não sou o Gabriel, seu brinquedinho. - Ele me respondeu aparentemente tão irritado quanto eu.
  - Claro que não é, porque ele é um bom menino, me escuta ao contrário de você. Ele sim, deveria ser meu filho, meu orgulho.
  - Então engula ele e essa sua mania de querer que todos tenha a fama que você não teve, a culpa não é minha se você e a sua banda foram para o ralo. - ele levantou a mão para me bater mas minha mãe gritou.
  - Chega! Anne vá para o seu quarto.
  E eu fui, me tranquei no quarto com as minhas lágrimas de raiva. Eu não aguentava mais, desde que aquele menino ficou famoso de certo modo eu vivo só, por um minuto eu quis que aquele menino morresse, então pensei, ele não tem culpa do meu pai ser assim do jeito que é. Ultimamente se falo com o meu pai é pouco, logo ele que sempre foi presente, eu tentava fazer de tudo para parar de chorar, fazia tempo em que eu vivia só em casa, da escola para casa e só, no colégio eu não costumava falar com ninguém preferia distancia, eu era a nerd mais zuada da sala que sentava na frente.
  Era noite eu não conseguia dormir, virava na cama ainda estava muito magoada com meu pai, então me levantei da cama passei pelo espelho e vi minha imagem refletida, meu rosto inchado de tanto chorar, passava na minha cabeça um vídeo que era repetitivo da minha briga com meu pai, entrei no banheiro liguei a luz que ficava em cima do espelho abri a primeira gaveta, vi um objeto cortante que sua lâmina brilhava quando encontrava a luz, arratei-o na minha pele e aquilo me acalmou, só eu sabia o quanto aquilo me acalmava, abri o chuveiro tomei um banho morno, depois do banho arrumei o banheiro guardei tudo, deitei na cama e dormi profundamente. Aquela situação estava ruim, mas tudo sempre pode piorar
  No dia seguinte fui para o curso por minha própria vontade queria evitar brigas que podiam se formar. Fui sem a menor vontade, sem ânimo nenhum, cheguei lá, estava tudo do mesmo jeito. A professora pediu para que todos sentem enquanto ela arrumava as coisas, naquele momento o meu azar florou, assim que eu sentei na cadeira ela se quebrou, logo começaram a me caçoar, a rir alto, gargalhadas, eu fiquei sem jeito, sem reação ali no chão.
  - Ah! Gorda! - o grito de um dos meninos girou em minha cabeça.
  Eu me levantei fui em passos largos com o as minhas coisas para o banheiro, lá transbordei em lágrimas até que a professora apareceu, bateu na porta e eu gritava " Sai daqui ! " . Chegou um momento em que eu abri a aporta e ela tentou me tranquilizar e me fez voltar para a sala de aula.
  Quando cheguei em casa fiz a mesma coisa da noite passada, fiquei o dia todo trancada no meu quarto. Os dias se passaram já não comia direito, e sempre repetia as mesmas coisas todos os dias. Até que meus pais finalmente chegaram de viagem com o Gabriel.
  - Oi Anne - Disse o Gabriel com um enorme sorriso no rosto e colocou sua mala no chão.
  - Oi - respondi seca, e sai de perto.
  Fui lavar a louça, quando estava lavando minha mãe chegou apareceu.
   - Oi filha, que saudade - me deu um beijo na bochecha - esta mais magra, linda como sempre. - sorriu - e ai como foram os dias sem ninguém por perto?
  - Normal - enxaguei os copos
  - Filha que marca são essas? - apontando para o meu braço, eu procurei explicações e com medo falei -

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